13 de out. de 2012

Piada - A Grande Verdade

Um engenheiro caminhava por uma estrada, quando percebe um balão voando baixo.

O balonista lhe acena desesperadamente, consegue fazer o balão baixar ao máximo possível e grita: - Pode me ajudar? Prometi a um amigo que me encontraria com ele às 2 horas da tarde, mas já são 4 horas e nem sei onde estou. Poderia me dizer onde me encontro?

O homem da estrada responde: - Sim! Você se encontra flutuando a uns 5 metros acima da estrada, e está a 33 graus de latitude sul e 51 graus de longitude oeste.

O balonista escuta e pergunta, com sorriso irônico: - Você é engenheiro?

- Sim, senhor! Como descobriu?

- Simples! O que você me disse está tecnicamente correto, porém sua informação não me é útil e continuo perdido! Será que consegue uma resposta  mais satisfatória?

O engenheiro raciocina por segundos e depois afirma ao balonista: - E você é petista!

- Sim, sou filiado ao PT! Como descobriu?

- Fácil!

Veja só; você subiu, sem ter a mínima noção de orientação!
Não sabe o que fazer, onde está e tampouco para onde ir!
Fez promessa e não tem  a menor idéia de como conseguirá cumpri-la!
Espera que outra pessoa resolva o seu problema, continua perdido e acha que a culpa do seu problema passou a  ser minha!
É PeTralha nato !!

2 de out. de 2012

Nina e Carminha em Brasília

Nelson Mota - O Estado de São Paulo


Se o mensalão não tivesse existido, ou se não fosse descoberto, ou se Roberto Jefferson não o denunciasse, muito provavelmente não seria Dilma, mas Zé Dirceu o ocupante do Palácio da Alvorada, de onde certamente nunca mais sairia.  Roberto Jefferson tem todos os motivos para exigir seu crédito e nossa eterna gratidão por seu feito heroico:  "Eu salvei o Brasil do Zé Dirceu".

Em 2005, Dirceu dominava o governo e o PT, tinha Lula na mão, era o candidato natural à sua sucessão.  E passaria como um trator sobre quem ousasse se opor à sua missão histórica.  Sua companheira de armas Dilma Rousseff poderia ser, no máximo, sua chefe da Casa Civil, ou presidente da Petrobrás.
Com uma campanha milionária comandada por João Santana, bancada por montanhas de recursos não contabilizados arrecadados pelo nosso Delúbio, e Lula com 85% de popularidade animando os palanques, massacraria Serra no primeiro turno e subiria a rampa do Planalto nos braços do povo, com o grito de guerra ecoando na esplanada:  "Dirceu guerreiro/do povo brasileiro".  Ufa!
A Jefferson também devemos a criação do termo "mensalão".  Ele sabia que os pagamentos não eram mensais, mas a periodicidade era irrelevante.  O importante era o dinheirão.  Foi o seu instinto marqueteiro que o levou a cunhar o histórico apelido que popularizou a Ação Penal 470 e gerou a aviltante condição de "mensaleiro", que perseguirá para sempre até os eventuais absolvidos.
O que poderia expressar melhor a idéia de uma conspiração para controlar o Estado com uma base parlamentar comprada com dinheiro público e sujo?  Nem Nizan Guanaes, Duda Mendonça e Washington Olivetto, juntos, criariam uma marca mais forte e eficiente.
Mas, antes de qualquer motivação política, a explosão do maior escândalo do Brasil moderno é fruto de um confronto pessoal, movido pelos instintos mais primitivos, entre Jefferson e Dirceu.  Como Nina e Carminha da política, é a história de uma vingança suicida, uma metáfora da luta do mal contra o mal, num choque de titãs em que se confundem o épico e o patético, o trágico e o cômico, a coragem e a vilania.  Feitos um para o outro.
O "chefe" sempre foi José Dirceu.  Combativo, inteligente, universitário - não sei se completou o curso - fala vários idiomas, treinado em Cuba e na Antiga União Soviética, entre outras coisas.  E com uma fé cega em implantar a Ditadura do Proletariado a "La Cuba".

Para isso usou e abusou de várias pessoas e, a mais importante - pelos resultados alcançados - era Lula.  Ignorante, iletrado, desonesto, sem ideais, mas um grande manipulador de pessoas, era o joguete ideal para o inspirado José Dirceu.
Lula não tinha caráter nem ética, e até contava, entre risos, que sua família só comia carne quando seu irmão "roubava" mortadela no mercado onde trabalhava.  Ou seja, o padrão ético era frágil.  E ele, o Dirceu, que fizera tudo direitinho, estava na hora de colher os frutos e implantar seu sonho no país. 

Aí surgiu Roberto Jefferson...  e deu no que deu.