31 de jul. de 2005

Desse Jeitinho é que Aparecem as Malas

Lemos, vemos e falamos sobre os acontencimentos recentes de Brasília. Mas esquecemos de ver o nosso dia a dia. Hoje, Domingo, estava eu tomando café numa padaria aqui na esquina da José Higino com a Antônio Basílio. Nem sempre você está decidido com relação ao que você vai comer ou beber, mas a casa é rigorosa com o cartaz afixado em mais de um lugar: só atendemos com a ficha do caixa. Então o que fazer. Primeiro ir ao caixa e depois vir para o balcão, sentar em uma das cadeiras e fazer o seu pedido. Estava eu quase terminando, quando chega aflito, um guarda municipal. Chama a atendente e pergunta se o refresco é de manga, pede um e mais quatro mini-salgados de camarão. Não vi ficha de caixa. Aí já comecei a entender. Ao sair o funcionário municipal, eu também estava acabando com o meu café, perguntei a moça se ele não precisava de ficha de caixa para fazer o pedido. Ela disse que ele não precisa. Ele deixa os clientes pararem em frente a padaria sem multar.
Vejam só que a corrupção está em todos os lados. Eu não quero discutir ética com o presidente, mas se depender de mim o guardinha ia morrer de fome, nem que tivesse que fechar a padaria e ir trabalhar de empregado em outro lugar. Nestas pequeninas coisas é que o mensalão grassa lá em Brasília e vários políticos dizem que nunca ouviram falar. Se perguntarmos ao chefe deste guarda, se ele sabe que seu funcionário faz esta troca com o dono da padaria ele, com certeza vai responder, que não sabe de nada a respeito disto.

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